O Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde (PPGHCS) da Casa de Oswaldo Cruz (COC) obteve o conceito 5 na avaliação da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes/MEC), referente ao triênio 2010-2012. Os avaliadores atribuíram o aumento de nota à expressão acadêmica nacional do programa, aos esforços de internacionalização empreendidos e à sua consistente produção intelectual.
“Nossa produção bibliográfica, incluindo artigos, livros e capítulos de livros, foi a maior dentre todos os programas de história do País”, afirma a coordenadora do PPGHCS, Simone Kropf. Sobre o estreitamento das relações com instituições estrangeiras, ela cita os termos de cooperação firmados com importantes universidades, como as de York (Reino Unido), Michigan (Estados Unidos) e a Nova de Lisboa (Portugal).
Criado em 2000, o programa recebeu sua primeira turma em 2001. Atualmente, 38 alunos cursam mestrado e 48, doutorado. No total, a pós-graduação conta hoje com 19 docentes permanentes, quatro colaboradores, além de dois bolsistas de pós-doutorado. Em sua avaliação, a Capes destacou a qualidade das teses e dissertações defendidas, atestada pela participação de professores de outras instituições nas bancas, e mencionou o prêmio da Associação Nacional de História (2012), com o qual Vanderlei Sebastião de Souza, doutor pelo programa, foi agraciado.
Para Simone Kropf, a importante conquista foi resultado de um intenso trabalho coletivo e o principal desafio agora é continuar aprimorando a qualidade do programa e, ao mesmo tempo, implementar novos projetos e ideias, com vistas a ampliar horizontes. “A implementação de ações voltadas à educação básica, diretriz que vem sendo muito valorizada pela Capes e pelo governo brasileiro, é um desses desafios, para o qual já começamos a preparar alguns projetos”, disse.
Ela acrescentou que outra importante diretriz a ser seguida é a renovação acadêmica, por meio da incorporação de jovens doutores, como bolsistas de pós-doutorado, com o objetivo de abrir novas perspectivas de pesquisa. Além disso, o programa busca ampliar o seu universo de alunos. De acordo com Simone, tendo em vista a natureza interdisciplinar da área de história das ciências e da saúde, a pós-graduação está empenhada em estreitar laços com outros programas e áreas de pesquisa da Fiocruz, de modo a potencializar o diálogo intelectual.
A coordenadora da pós-graduação destaca, ainda, a inserção social do programa. Exemplos disso foram a atuação no curso de especialização em História da Saúde na Amazônia (ILMD/Fiocruz) e a participação no Programa Brasil Sem Miséria, implementado pela Fiocruz em convênio com a Capes.
“Nosso programa busca aliar excelência acadêmica e compromisso institucional e social. Foi uma diretriz que uniu a todos neste último triênio, assim como nos anteriores, de modo a imprimir cada vez mais visibilidade e consistência à nossa convicção de que o estudo da ciência e da saúde como objetos da história é um caminho privilegiado para produzir reflexões e ações relevantes não apenas no âmbito acadêmico mas no cenário mais amplo da vida social brasileira.