Por meio de instrumentos, atividade trabalha as propriedades do som. Foto: Rodney Wilbert |
Qual seria a reação de uma criança ao se encontrar com um indiozinho preocupado em preservar a floresta e a tradição cultural de sua tribo? Para descobrir, é preciso mergulhar na aventura do pequeno “Ynhire”, um caiapó cuja história é contada na atividade “Curumim quer Música”. A apresentação, que tem entrada gratuita, é feita no Epidauro, espaço do Ciência em Cena no Museu da Vida.
O espetáculo idealizado por Wanda Hamilton, cientista social, atriz e diretora teatral, conta a história de “Ynhire”, que, ao acordar muito feliz e querendo ouvir os sons e a música da floresta, percebe que a mata está em silêncio; ele parte em busca do som perdido e acaba vivendo uma série de incríveis aventuras.
O indiozinho encontra personagens do folclore brasileiro como o boitatá, o saci e o curupira. A função de cada um é apresentar ao público um instrumento musical, confeccionado para a atividade com uso de material reciclado. Foram usados potes de plástico, barbantes, latas, balões, embalagens diversas e até cereais, que servem como chocalhos, cuícas e tambores.
“Com cada instrumento, trabalhamos com o público de 6 a 8 anos as propriedades do som (localização espacial, amplificação do som, timbre, tom, ritmo) ”, explica Wanda Hamilton.
Ao se juntar aos novos amiguinhos, “Ynhire” descobre que, para trazer o som de volta, é preciso cantar. “Formamos uma banda com as crianças, que tocam os instrumentos e cantam para trazer os sons de volta à floresta”, revela a autora.
Além de exercitar a audição com a atividade, a criançada ainda pode brincar e se divertir com a história do pequeno caiapó. A apresentação vale para o período de férias escolares, em junho e julho. Mas fará parte da programação permanente do Museu da Vida, após o recesso escolar.