Depois de passar por Ceará e Paraná, o Curso de Jornalismo Científico da Fundação Oswaldo Cruz chega à Fiocruz Rondônia nos dias 12 e 13 de julho. Parceria entre o Museu da Vida (COC/Fiocruz) e a Coordenadoria de Comunicação Social (CCS/Fiocruz), o curso será ministrado no Auditório da Sesau (Secretaria de Saúde do Estado de Rondônia), em Porto Velho, e tem carga horária de dez horas.
A inscrição é gratuita e deve ser realizada no site da Fiocruz Rondônia até a próxima quinta-feira (7/7). Já na sexta-feira (8/7) será divulgada a relação das inscrições deferidas para o curso. Mais informações poderão ser obtidas por meio do telefone: (69) 3219-6004 ou do e-mail: ensino@fiocruz.br.
Com o objetivo de oferecer aos participantes a chance de discutir e repensar o papel do jornalista e do assessor na relação entre ciência e sociedade, o curso aborda, em seu conteúdo programático, os seguintes temas: Divulgar a ciência: por quê, para quê e para quem?; Os diferentes públicos do jornalismo de ciência; Breve história e teoria do jornalismo de ciência; e Jornalismo de ciência e saúde na TV e em meios impressos.
Projeto itinerante
A primeira edição do curso reuniu cerca de 60 pessoas em Fortaleza, no ano passado, entre jornalistas de redação, assessores de comunicação, estudantes de jornalismo e cientistas. Ministrado pelos pesquisadores do Núcleo de Estudos da Divulgação Científica da Casa de Oswaldo Cruz (COC/Fiocruz), Luís Amorim, Carla Almeida e Marina Ramalho, o curso foi pensado para despertar um olhar crítico dos participantes, tanto sobre jornalismo quanto sobre ciência.
“Apesar de ser uma área de extrema relevância, a ciência ainda tem relativamente pouco espaço nos meios de comunicação. Além disso, são poucas as oportunidades de formação em jornalismo científico. O curso passa por estes dois pontos”, explica Luis Amorim.
A última edição do projeto aconteceu no Instituto Carlos Chagas (ICC/Fiocruz Paraná) nos dias 9 e 10/6. Participaram cerca de 40 profissionais e estudantes de comunicação de instituições como a Universidade de Londrina, Pontifícia Universidade Católica do Paraná, Universidade Federal do Paraná, Universidade Tecnológica Federal do Paraná e veículos de comunicação como G1, Gazeta do Povo, RIC TV, portal IG Curitiba, entre outros.
No primeiro dia de curso, os pesquisadores debateram conceitos e resultados de pesquisas desenvolvidas por seu grupo na área. A ideia foi a de trazer dados para o debate sobre o Jornalismo Científico no Brasil e no mundo, apontar os desafios e os avanços. No dia seguinte, foram discutidos estudos de casos concretos. O curso se encerrou com a apresentação das estratégias e bastidores do trabalho de comunicação desenvolvido pela Coordenadoria de Comunicação Social da Fiocruz e pelos assessores de comunicação das unidades da Fundação em todo o Brasil, durante o surgimento de casos de microcefalia relacionados ao vírus zika no país.
O curso tem sido muito bem recebido pelos jornalistas. De acordo com a equipe responsável pelo projeto, as avaliações mostram que cerca de 90% dos participantes acham o conteúdo do curso muito bom ou bom. Dos que responderam à pesquisa, ninguém ainda classificou o conteúdo como ruim ou muito ruim. Para Rondônia, já são mais de 60 inscritos.
“Este é um retorno mais quantitativo, importante, mas é ainda mais legal ouvir um estudante ao fim do curso dizer que nunca tinha pensado em jornalismo científico, mas que passou a cogitar esta possibilidade ou uma outra participante agradecer pelo curso e dizer ter se formado há muitos anos e não ter visto nada de jornalismo científico na graduação. Creio que o número de participantes e as avaliações positivas mostram que há interesse e muita vontade de repensar o jornalismo de ciência”, afirma o pesquisador Luís Amorim.
(Agência Fiocruz de Notícias)